Mudanças nas regras do rotativo do cartão de crédito: o que muda para o consumidor?
A partir desta quarta-feira (3), entram em vigor no Brasil as novas regras para os juros do rotativo do cartão de crédito. A principal mudança é que o valor dos juros não poderá ultrapassar 100% do valor do débito original ao ano.
Com isso, uma dívida de R$ 1 mil não paga, por exemplo, só poderá ter a cobrança de juros e encargos até o limite de mais R$ 1 mil, somando, no máximo, R$ 2 mil.
Essa é uma medida positiva, pois visa reduzir o endividamento da população. Atualmente, os juros do rotativo do cartão de crédito são os mais altos do mercado, podendo chegar a 430% ao ano.
No entanto, a mudança também pode ter alguns impactos negativos. Um deles é que pode reduzir o parcelamento sem juros.
Atualmente, os bancos costumam oferecer parcelamento sem juros para dívidas de até 30 dias no rotativo. Com a nova regra, os bancos podem passar a exigir juros mesmo para esses parcelamentos.
Isso pode dificultar a vida dos consumidores que precisam parcelar dívidas de pequeno valor, mas não têm condições de pagar o valor total da fatura.
Outro impacto negativo da mudança é que pode gerar desaquecimento no poder de compra das famílias.
Ao reduzir o valor que o consumidor pode gastar com juros do rotativo, o poder de compra dele diminui. Isso representa a possibilidade de levar a uma redução no consumo, o que prejudica a economia.
No geral, as novas regras para os juros do rotativo do cartão de crédito são positivas, pois visam reduzir o endividamento da população. No entanto, é importante estar atento aos possíveis impactos negativos da mudança.
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O que fazer para se proteger?
Para se proteger dos impactos negativos das novas regras para os juros do rotativo do cartão de crédito, os consumidores podem adotar as seguintes medidas:
· Pagar na data a fatura do cartão de crédito. Essa é a melhor forma de evitar juros e encargos.
· Parcelar dívidas de grande valor no máximo em 30 dias. Após esse prazo, os juros podem ser altos.
· Procurar por opções de crédito com juros mais baixos. Existem diversas opções de crédito no mercado, com juros mais baixos do que o rotativo do cartão de crédito.
· Fazer um planejamento financeiro. É importante ter um controle do orçamento para saber quanto dinheiro se tem disponível para gastar com cartão de crédito.
· Usar de forma consciente o cartão de crédito. Só comprar o que pode pagar e evitar gastos desnecessários.
· Procurar por alternativas ao cartão de crédito. Existem outras formas de pagamento, como o débito em conta, que podem ser mais econômicas.
É importante lembrar que as novas regras são uma medida importante para reduzir o endividamento da população. No entanto, é importante estar atento aos possíveis impactos negativos da mudança e adotar medidas para se proteger.
Ao adotar essas medidas, os consumidores podem reduzir o impacto das novas regras nos seus orçamentos.
· A nova regra vale para dívidas contraídas a partir de 3 de janeiro de 2024. Dívidas contraídas antes dessa data continuam sujeitas às regras antigas.
· A nova regra não se aplica a dívidas que já estavam em atraso antes de 3 de janeiro de 2024. Essas dívidas continuam sujeitas aos juros que foram contratados na época.
· Os bancos podem oferecer juros menores do que o limite de 100%. No entanto, eles não são obrigados a fazer isso.
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Impactos positivos das novas regras:
· Redução do endividamento da população. Os juros altos do rotativo do cartão de crédito são um dos principais fatores que contribuem para o endividamento da população brasileira. A limitação dos juros pode ajudar a reduzir esse problema.
· Maior transparência para os consumidores. As novas regras exigem que as instituições financeiras informem aos consumidores, de forma clara e objetiva, os juros e encargos que serão cobrados no rotativo do cartão de crédito. Isso pode ajudar os consumidores a tomar melhores decisões financeiras.
Impactos negativos das novas regras:
· Redução do parcelamento sem juros. Como os bancos podem passar a exigir juros mesmo para parcelamentos de dívidas de até 30 dias, isso pode dificultar a vida dos consumidores que precisam parcelar dívidas de pequeno valor, mas não têm condições de pagar o valor total da fatura.
· Desaquecimento no poder de compra das famílias. Ao reduzir o valor que o consumidor pode gastar com juros do rotativo, o poder de compra dele diminui. Isso pode levar a uma redução no consumo, o que pode prejudicar a economia.
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Autor: Karina Icoma
Publicado para: Pegatroco
Em 03/01/2024