Novo Limite de Empréstimo Consignado: Taxas e Impactos

A partir desta segunda-feira, 23 de outubro, entrou em vigor o novo limite de taxa de juros para empréstimos consignados no Brasil.

Essa mudança é resultado de uma decisão do Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) e tem o potencial de afetar milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recorrem a essa modalidade de crédito. Vamos analisar em detalhes o que mudou, como as taxas estão sendo impactadas e quais são as implicações para o setor financeiro e para os consumidores.

O Novo Limite de Taxas de Juros

A principal mudança trazida pelo CNPS é a redução do limite das taxas de juros para empréstimos consignados. Antes da mudança, o limite era de 1,91%, mas agora foi reduzido para 1,84%. Embora essa diminuição possa parecer pequena, ela tem um impacto significativo, especialmente quando consideramos que o empréstimo consignado é uma opção popular entre aposentados e pensionistas.

Além disso, essa redução não se limita apenas ao empréstimo consignado convencional. As taxas do cartão de crédito consignado e do cartão-benefício também foram afetadas. A taxa para o cartão de crédito consignado e para o cartão-benefício caiu de 2,83% para 2,73%. Isso significa que os beneficiários do INSS que optam por essa forma de crédito também se beneficiarão da redução nas taxas.

Entendendo o Empréstimo Consignado do INSS

Antes de explorarmos mais a fundo as implicações dessa mudança, é importante entender o que é o empréstimo consignado do INSS e como ele funciona.

O empréstimo consignado é uma modalidade de crédito na qual o tomador autoriza a instituição financeira a descontar as parcelas diretamente de sua folha de pagamento ou benefício do INSS. Isso proporciona uma segurança adicional às instituições financeiras, já que o pagamento das parcelas é garantido por meio de deduções automáticas, frequentemente resultando em taxas de juros mais vantajosas em comparação com outras opções de empréstimo.

Os principais beneficiários dessa modalidade de empréstimo são os aposentados e pensionistas, uma vez que eles têm uma fonte de renda regular proveniente do INSS. No entanto, essa modalidade também está disponível para servidores públicos e trabalhadores de empresas privadas, com algumas variações nas regras de elegibilidade e limites.

• Reajuste do Valor do Bolsa Família em Discussão para 2024

Motivações para a Mudança

A redução nas taxas de juros do empréstimo consignado do INSS foi motivada, em grande parte, pelo cenário econômico do Brasil. Em outubro do ano anterior, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu cortar a Taxa Selic, que é a taxa de juros básica da economia, em 0,5 ponto percentual, reduzindo-a de 13,25% para 12,75% ao ano. Essa decisão impactou diretamente o mercado financeiro e as taxas de juros em todo o país.

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, havia mencionado em agosto que o governo pretendia propor novas reduções nas taxas de juros do consignado à medida que a Taxa Selic caísse. E, de fato, essas mudanças foram implementadas após a redução da Selic. A ideia por trás disso é alinhar as taxas de juros do consignado com as condições econômicas do país, tornando o crédito mais acessível para os beneficiários do INSS.

Impactos nas Taxas Praticadas

Com a entrada em vigor do novo limite de 1,84%, os bancos que oferecem empréstimos consignados aos beneficiários do INSS terão que reduzir as taxas que cobram. De acordo com dados do Banco Central, antes da mudança, o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia cobravam 1,91% ao mês, o Banco do Brasil cobrava 1,86% ao mês e a Caixa praticava uma taxa ainda mais baixa, de 1,74% ao mês.

Com a redução do limite, espera-se que essas taxas se aproximem do novo patamar máximo de 1,84%. Isso é uma excelente notícia para os aposentados e pensionistas, que poderão contar com empréstimos consignados mais baratos, aliviando sua carga financeira.

• Prévia do PIB de agosto revela desaceleração econômica inesperada, segundo o Banco Central

Insatisfação no Setor Financeiro

No entanto, é importante mencionar que a redução das taxas não foi bem recebida pelo setor financeiro. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) emitiram uma nota conjunta em que criticaram a redução do teto de juros do crédito do INSS.

Segundo essas entidades, as reduções implementadas desde o início do ano são vistas como artificiais e arbitrárias. Elas alegam que, embora reconheçam os esforços do governo em melhorar o ambiente de crédito, as decisões tomadas não consideraram o diálogo e a análise técnica necessários.

Em sua nota conjunta, a Febraban e a ABBC destacam uma redução significativa no volume de concessão de empréstimos consignados. Comparando o período de maio a agosto de 2022 com o mesmo período de 2023, houve uma queda de R$ 2 bilhões no volume de crédito concedido, representando uma diminuição anual de 27%.

Transparência nas Informações

Além da redução do teto das taxas de juros, o CNPS também implementou regras com o objetivo de garantir maior transparência nas informações fornecidas aos beneficiários do INSS. Isso é fundamental para proteger os consumidores, permitindo que tomem decisões informadas quando buscam empréstimos consignados.

Essas novas regras visam garantir que as instituições financeiras forneçam informações claras sobre as condições do empréstimo, taxas de juros, prazos e outros aspectos importantes. Isso é especialmente importante, uma vez que muitas vezes os beneficiários do INSS podem ser alvos de práticas comerciais desonestas.

O novo limite de taxas de juros para empréstimos consignados a beneficiários do INSS entrou em vigor, trazendo uma redução nas taxas máximas que podem ser cobradas. Isso é resultado de uma decisão do CNPS motivada pelo corte na Taxa Selic e pela intenção de alinhar as taxas de juros com as condições econômicas do país.

Embora a redução das taxas seja vista como uma boa notícia para os beneficiários do INSS, o setor financeiro demonstrou insatisfação com as mudanças, alegando que são arbitrárias. As entidades financeiras também destacaram a redução no volume de concessão de empréstimos consignados, o que pode ter implicações no mercado de crédito.

Além disso, as novas regras de transparência nas informações fornecidas aos consumidores são uma medida importante para proteger os beneficiários do INSS e garantir que tomem decisões financeiras bem informadas.

Em resumo, o cenário de empréstimos consignados para beneficiários do INSS está passando por mudanças significativas, com a redução das taxas de juros e a implementação de regras para proteger os consumidores. É importante que os beneficiários estejam cientes dessas mudanças e as considerem ao tomar decisões financeiras.

#INSS #EMPRESTIMOCONSIGNADO #JUROS

Autor: Karina Icoma

Publicado para: Pegatroco

Em 24/10/2023

Confira nossas redes sociais


ASSERT TECH SOLUCOES DE INFORMATICA LTDA (“Pegatroco”), correspondente bancário, inscrita sob o CNPJ nº 17.096.642/0001-39, com sede na AV JOSE ESTEVES MANO FILHO, 48 - SALA 2 - JD Paulista, Ourinhos, São Paulo. CONTATO: (11) 9725-5030 A Pegatroco, não é uma instituição financeira e não realiza operações de crédito diretamente. A Pegatroco é uma plataforma digital que atua como correspondente bancário para facilitar o processo de contratação de empréstimos. Como correspondente bancário, seguimos as diretrizes do Banco Central do Brasil, nos termos da Resolução nº. 3.954, de 24 de fevereiro de 2011. Toda avaliação de crédito será realizada conforme a política de crédito da Instituição Financeira parceira. Antes da contratação de qualquer serviço através de nosso parceiro, você receberá todas as condições e informações relativas ao produto a ser contrato, de forma completa e transparente. A Pegatroco é correspondente bancário da seguinte instituição: Facta Financeira S.A (Facta Financeira S.A CNPJ 15.581.638/0001-30) Banco Cetelem S.A (CNPJ nº 00.558.456/0001-71), Banco Olé Consignado S.A. (CNPJ 71.371.686/0001-75), Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. (CNPJ 92.702.067/0001-96), Banco Pan S.A (CNPJ nº 59.285.411/0001-13), Banco Itaú Consignado (CNPJ nº 33.885.724/0001-19), Banco BMG (CNPJ nº 61.186.680/0001-74), Bradesco Financiamentos S.A (CNPJ nº 07.207.996/0001-50) e Banco Mercantil do Brasil (CNPJ nº 17.184.037/0001-10).