Copom se Reúne para Definir Nova Taxa Selic

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) está reunido hoje, em Brasília, para tomar decisões cruciais sobre a taxa básica de juros, a Selic.

Esta é a sexta reunião do Copom em 2023, e a expectativa é que o órgão anuncie um novo corte na taxa, reduzindo-a dos atuais 13,25% ao ano para 12,75% ao ano.

Esse movimento representa o segundo corte desde agosto, quando o Banco Central interrompeu o ciclo de aperto monetário devido à notável queda da inflação nos meses anteriores.

O Copom já havia sinalizado em sua ata da última reunião a intenção de efetuar cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões.

Segundo o documento, essa abordagem é considerada apropriada para manter a política monetária contracionista, ou seja, com taxas de juros elevadas que têm o propósito de desestimular a economia para controlar a inflação.

De acordo com a edição mais recente do Boletim Focus, uma pesquisa semanal que envolve analistas de mercado, a expectativa é que a Selic realmente caia 0,5 ponto percentual, embora algumas instituições financeiras projetem um corte mais agressivo de até 0,75 ponto.

A média das expectativas do mercado financeiro aponta para uma taxa Selic de 11,75% ao ano ao final do ano.

Inflação e a Mudança de Postura do Copom

A mudança na postura do Copom em relação à taxa Selic está fortemente ligada à evolução do cenário econômico e à marcante queda da inflação.

Esses fatores permitiram ao comitê ganhar a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária, o que representa uma mudança significativa em relação às comunicações anteriores, que não excluíam a possibilidade de elevação da taxa Selic.

Apesar da queda da inflação, o Copom ainda identifica pressões inflacionárias em alguns setores, onde os preços estão subindo ou caindo em ritmo mais lento do que o esperado.

• Bolsa Família: Beneficiários com NIS Final 3 Recebem Hoje

Portanto, o órgão planeja reduzir os juros de forma conservadora, monitorando de perto a evolução dos preços. A desaceleração dos índices de preços nos últimos meses tem contribuído para a redução das expectativas de inflação.

De acordo com o Boletim Focus, a estimativa para a inflação deste ano diminuiu de 4,93% para 4,86%. Em agosto, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma variação de 0,23%, impulsionado principalmente pelos setores de habitação e saúde.

No entanto, o resultado ficou abaixo das previsões devido à queda nos preços dos alimentos. Com esse desempenho, o IPCA acumulou alta de 3,23% no ano e de 4,61% nos últimos 12 meses.

Para este ano, a meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e perseguida pelo BC é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o que significa que o limite inferior é de 1,75% e o superior é de 4,75%.

Para os anos de 2024 e 2025, as metas são de 3% em ambos, com o mesmo intervalo de tolerância.

No último Relatório de Inflação, divulgado no final de junho pelo Banco Central, a instituição reconheceu a possibilidade de uma leve ultrapassagem da meta de inflação neste ano.

O documento projetava que o IPCA atingiria 5% em 2023. O próximo relatório será divulgado no final de setembro e fornecerá uma atualização importante sobre a visão do Banco Central em relação à inflação e à política monetária.

O Papel Fundamental da Taxa Selic

A taxa Selic é um instrumento-chave para a condução da política monetária no Brasil. Ela influencia diretamente as negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros na economia.

Além disso, a Selic é a principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação.

Quando o Copom decide aumentar a taxa Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida na economia, o que, por sua vez, tem um efeito direto nos preços, uma vez que juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança.

No entanto, os bancos também consideram outros fatores ao determinar as taxas de juros cobradas dos consumidores, como risco de inadimplência, lucratividade e custos administrativos. Portanto, taxas de juros elevadas podem, em alguns casos, dificultar a expansão da economia.

• Caixa e ABCRED Firmam Acordo Para Facilitar Acesso ao Microcrédito Produtivo

Por outro lado, a redução da Selic tende a tornar o crédito mais acessível, o que estimula a produção e o consumo. No entanto, essa medida também pode aumentar o risco de inflação, uma vez que a demanda aquecida pode pressionar os preços para cima.

O Ciclo de Reuniões do Copom

O Copom realiza reuniões a cada 45 dias para avaliar a situação econômica do Brasil e tomar decisões sobre a taxa Selic. O processo de decisão envolve várias etapas.

No primeiro dia da reunião, são apresentadas análises técnicas sobre a economia brasileira e global, bem como o comportamento dos mercados financeiros.

No segundo dia, os membros do Copom, que consistem na diretoria do Banco Central, realizam discussões aprofundadas e definem a taxa Selic.

Em resumo, a reunião do Copom desta quarta-feira é aguardada com grande expectativa, pois representa um novo passo no ciclo de flexibilização monetária iniciado em agosto, em resposta à melhoria do cenário inflacionário e econômico.

A decisão do Copom terá impacto nas finanças pessoais, nos investimentos e na atividade econômica do país, e será acompanhada de perto por economistas, investidores e consumidores em todo o Brasil.

#SELIC #COPOM #IPCA #BANCOCENTRAL

Autor: Karina Icoma

Publicado para: Pegatroco

Em 20/09/2023

Confira nossas redes sociais


ASSERT TECH SOLUCOES DE INFORMATICA LTDA (“Pegatroco”), correspondente bancário, inscrita sob o CNPJ nº 17.096.642/0001-39, com sede na AV JOSE ESTEVES MANO FILHO, 48 - SALA 2 - JD Paulista, Ourinhos, São Paulo. CONTATO: (11) 9725-5030 A Pegatroco, não é uma instituição financeira e não realiza operações de crédito diretamente. A Pegatroco é uma plataforma digital que atua como correspondente bancário para facilitar o processo de contratação de empréstimos. Como correspondente bancário, seguimos as diretrizes do Banco Central do Brasil, nos termos da Resolução nº. 3.954, de 24 de fevereiro de 2011. Toda avaliação de crédito será realizada conforme a política de crédito da Instituição Financeira parceira. Antes da contratação de qualquer serviço através de nosso parceiro, você receberá todas as condições e informações relativas ao produto a ser contrato, de forma completa e transparente. A Pegatroco é correspondente bancário da seguinte instituição: Facta Financeira S.A (Facta Financeira S.A CNPJ 15.581.638/0001-30) Banco Cetelem S.A (CNPJ nº 00.558.456/0001-71), Banco Olé Consignado S.A. (CNPJ 71.371.686/0001-75), Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. (CNPJ 92.702.067/0001-96), Banco Pan S.A (CNPJ nº 59.285.411/0001-13), Banco Itaú Consignado (CNPJ nº 33.885.724/0001-19), Banco BMG (CNPJ nº 61.186.680/0001-74), Bradesco Financiamentos S.A (CNPJ nº 07.207.996/0001-50) e Banco Mercantil do Brasil (CNPJ nº 17.184.037/0001-10).