Receita Federal Analisa Dados do Remessa Conforme para Definir Alíquota do E-commerce, Afirma Ministro Haddad

Em uma coletiva de imprensa realizada na quinta-feira, 19 de outubro, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que a Receita Federal está atualmente em meio a uma análise minuciosa dos dados provenientes do programa Remessa Conforme.

O objetivo dessa análise é a fixação da alíquota aplicável ao e-commerce no Brasil. Haddad explicou que os dados fornecidos até o momento são discrepantes e exigem uma análise aprofundada, de forma a garantir que a alíquota seja justa e equitativa.

O programa Remessa Conforme foi criado com a finalidade de conferir isenção do imposto de importação, que normalmente é de 60%, para compras de até US$ 50. No entanto, essa isenção está condicionada ao pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que tem uma alíquota de 17%.

Além disso, os compradores devem fornecer informações detalhadas sobre as transações ao Fisco brasileiro. Essa iniciativa visa facilitar as compras internacionais e regulamentar a importação de produtos para o Brasil.

O Ministro Haddad, ao ser questionado sobre um prazo para a definição das alíquotas aplicáveis ao comércio internacional, não forneceu uma data específica. Ele enfatizou que a análise dos dados do programa Remessa Conforme está em andamento, e seria imprudente tomar decisões precipitadas baseadas em apenas uma semana de análise.

A preocupação com a definição das alíquotas não é uma questão isolada, mas parte de um debate mais amplo envolvendo entidades que representam o varejo brasileiro. O Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) e outras organizações pressionam o governo federal para que mais impostos sejam cobrados sobre as vendas de competidores estrangeiros. Isso visa a manter a isonomia na concorrência entre empresas nacionais e internacionais.

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Jorge Gonçalves, presidente do IDV, afirmou em uma declaração anterior que esperava uma definição das alíquotas até o final do ano. Essa expectativa foi manifestada após uma reunião com o Ministro da Fazenda. A preocupação principal do IDV é garantir que o varejo nacional não seja prejudicado pelas importações de lojas online estrangeiras, que muitas vezes conseguem oferecer preços mais competitivos devido a isenções fiscais.

Um dos principais argumentos apresentados pelo IDV e outras entidades é a discrepância nas cargas tributárias entre os varejistas nacionais e estrangeiros. Segundo suas estimativas, a carga tributária para dez setores do varejo brasileiro aumentou consideravelmente, indo de pouco mais de 70% para impressionantes 109,9%. Esse cálculo leva em consideração a cobrança de impostos em todas as etapas da cadeia, desde a produção industrial até a comercialização das mercadorias.

Durante uma reunião com o Ministro Haddad, Jorge Gonçalves destacou a realidade enfrentada pelo varejo brasileiro, que luta com uma carga de 17% de ICMS sobre as vendas, enquanto os sites estrangeiros aproveitam isenções fiscais que lhes permitem ofertar preços mais competitivos. Essa disparidade tem gerado preocupações em relação à competitividade do varejo nacional e à sua capacidade de manter a isonomia nas operações comerciais.

Apesar das pressões e expectativas, o Ministro Haddad reiterou que a Receita Federal precisa de tempo para avaliar os dados cuidadosamente antes de tomar qualquer decisão em relação às alíquotas para o e-commerce. Essa abordagem é guiada pela busca da equidade e da justiça fiscal, garantindo que as regras sejam aplicadas de forma consistente e que o varejo brasileiro possa competir em condições justas.

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Concluindo, a fixação das alíquotas para o e-commerce no Brasil é um tema de grande relevância, não apenas para o governo e para o setor de varejo, mas também para os consumidores que dependem das compras online para adquirir produtos estrangeiros.

Enquanto a Receita Federal continua sua análise minuciosa dos dados do programa Remessa Conforme, o debate sobre a justiça fiscal e a equidade na concorrência entre varejistas nacionais e internacionais continua a evoluir. A definição das alíquotas é um passo fundamental nesse processo, e o governo brasileiro está comprometido em garantir que essa decisão seja baseada em dados sólidos e análises aprofundadas.

A sociedade e o setor de varejo aguardam com expectativa o desfecho desse importante debate, que terá impactos significativos no comércio internacional e no mercado de varejo do Brasil.

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Autor: Karina Icoma

Publicado para: Pegatroco

Em 20/10/2023

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